domingo, 27 de abril de 2008

PLANO INDIVIDUAL DE ESTUDOS.


Acessar ao link para ver conteúdo do plano.

OS SENTIDOS, AS SENSAÇÔES...


Uma atividade muito interessante que venho a registrar aqui no Portfólio de Aprendizagens diz respeito as sensações e estimulação dos sentidos realizadas na sala na primeira semana de atividades na classe. Foram pegos diferentes ojetos e trabalhados com os alunos as sensações que os mesmos causam. É comum observarmos alunos autistas com uma disfunção no campo sensorial, inclusive com baixa tolerância a sons, ou cheiros, ou cores... e também o contrário, apresentação de estereotipias a partir das impressões sensoriais: cheirando tudo, colocando todos os objetos que vê na boca, exigência de barulhos específicos o tempo todo...
Foi colocado em pequenos frascos diferentes aromas (vinagre, perfume, desinfetante...), em uma caixa diferentes texturas de objetos (pelúcia, couro sintético, plástico, lixa...). Em outros momentos variedade de objetos sonoros e de estímulo visual (luzes coloridas...). Por etapas foram trabalhadas com eles as diferentes sensações buscando referenciar o que estavam entindo com palavras de estímulo verbal. Neste momento também é possível observar a resistência muitas vezes a determinados objetos e a sensação causada por estes, e posterior registro. É uma forma de perceber como cada aluno reage e estabelece relação com o campo sensorial.

SOU UMA HISTÓRIA?

Durante algumas leituras realizadas, textos da interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, mais as lembranças das discussões da interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva Histórica, passei a rever muitos dos momentos de sala de aula em relação a isso: espaços e tempos. A muito que as informações sobre a história de vida dos alunos é vista como parte importante para o pensar pedagógico para os alunos autistas, mas os subsídios confirmam e nos dão mais possibilidades de trabalhar estas questões. Foi então que surge a proposta da elaboração de uma linha de tempo onde as famílias fazem o resgate histórico por fotos, informações, revendo a sua participação no contexto faniliar. É comum vermos então imagens e maiores informações até por volta dos 2 anos de idade, idade em que a síndrome não é tão aparente nas suas peculiaridades, visto que até este momento a linguagem não é tão evidente em crianças sem o diagnóstico. A partir daí inicia um processo de poucos registros fotográficos e de informações até a chegada ao ambiente escolar. O que parece neste espaço e tempo o sujeito deixa de ser observado como criança e passa aser visto e pensado como "diferente" e inicia-se outra fase: busca de porquês. Este resgate que se pretende, parte do princípio que o sujeito é considerado muitas vezes sem identidade, que não se reconhece, não participa, é reforçado por este comportamento inconsciente, mas que pode muitas vezes agravar os sintomas.
Esta tarefa foi pensada e está sendo solicitada as famílias que separem os dados e imagens e na próxima reunião seja construída (linha do tempo) e feitas reflexões a partir dela. Não haverá crítica, ou menções a respeito das observações acima, apenas tentado buscar situar este sujeito no contexto, demonstrando-o como integrante, e de sua forma participante dos contextos vivenciados pelos demais membros da família. Valorizar a presença de todos, respeitar a interação de cada um da sua forma particular, observar que o sujeito autista de sua forma particular demonstra (de forma diferente) a sua posição no contexto familiar.

terça-feira, 15 de abril de 2008

A MATEMÁTICA...SEM MEDO!!!!


Como é difícil tratar do conhecimento matemático sem esbarrar no medo, falo isso sem vergonha nenhuma. O domínio dos conhecimentos matemáticos foram construídos por mim dentro de uma outra perspectiva, mais formal e padronizada. Como sair deste esteriótipo? Muitos anos as aulas de matemática foram dadas preocupadamente, tensas, querendo ser o mais clara possível, numa tentativa desenfreada de se fazer entender. Não deixar que a matemática deixe as mesmas marcas que deixou em mim, insegurança. E não é que ela pode ser novamente repensada e resignificada! E não é que ela pode passar a ser estudada partindo do raciocínio do próprio aluno, tão particular... Em minha classe estas possibilidades ainda passam pela descoberta da relação que a matemática pode fazer e provocar nas questões de socialização e interação social. Através da proposta mais lúdica pode também ser ponte, acesso, mais um meio de conviver. Ao nosso redor e porque não falar claramente, ao redor de todos, sejam de escolas regulares ou de especiais, existe um mundo que referencia-se em diferentes áreas, e a matemática é uma delas. É lá que sou marcado pelo relógio que indica a hora de almoçar, ir para a escola ou trabalho, de dormir... E este olhar amplia-se para as atividades matemáticas ou não. Emocionante dizer MATEMÁTICA SEM MEDOS, mas com certeza cercada de CURIOSIDADE, NOVIDADE, BUSCA, REFERENCIAL...
Comentário:
Cris, acredito que a busca por situações vivenciais podem sem um recurso indispensável para o trabalho da matemática na sala de aula, principalmente em turmas como a que trabalho. No entanto é um trabalho que necessita de insistência e muita observação, pois o aluno autista tem muita dificuldade em transportar para o símbolo suas vivências, e até mesmo manifestar o que realmente construiu partindo das propostas realizadas. As respostas as vezes não aparecem da forma como outras crianças demonstram, as construções aparecem muitas vezes em outros momentos em que o assunto não está presente. É um trabalho de muita observação e paciência. Investir sempre, muitas vezes sem o retorno, o que na maioria das vezes pode desencadear uma certa frustração.

domingo, 13 de abril de 2008

To pensando...MIL COISAS!!!


To pensando mesmo muitas coisas...
E acredito que este é um processo natural quando se está envolvida com todo o processo de aprendizagem, com as leituras realizadas e com a própria prática.
A imagem ao lado não está ai a toa!!! É uma verdadeira colcha de retalhos que vai sendo composta neste nosso trabalho, nesta nossa atitude aprendente.
Algumas idéias me deixam empolgadas, como a de adaptar a idéia de blog, de página criativa para registrar as atividades e as diversas observações dos trabalhos de prática de sala de aula.
Outra idéia surge, a de retomar as questões de tempo histórico dos alunos da Classe de Educação Terapêutica, linha de tempo, marcas significativas do processo de vida...
Enfim, muitas horas de idéias... MIL COISAS para aperfeiçoar e implementar um trabalho.

domingo, 6 de abril de 2008

Retomando as Atividades do Blog de Aprendizagens


Retomar os trabalhos no blog é uma tarefa que com certeza se caracteriza pelo aprimoramento e aprofundamento dos conhecimentos. Após este período de atividades, desde 2006, acumulamos muitas "horas de vôo" para com certeza irmos qualificando nosso trabalho acadêmico. As nossas práticas recebem com certeza as influencias e os aprofundamentos teóricos e práticos de cada interdisciplina trabalhada.
Observando este início de atividades letivas na escola onde trabalho, me vi bem diferente. Muito mais reflexiva em cada proposta, procurando referências para tais. O planejamento muda, as aulas mudam, o contexto torna-se mais enriquecido.
Umas das atividades mais expressivas que observei e vivenciei na sala de aula neste início do ano foi em relação aos conceitos matemáticos de classificação e seriação. è uma atividade constante, mas agora a cada proposta é notório que o olhar está mais aguçado, mais atento a cada novo elemento acrescido, cada resposta dada.
É claro que as questões numéricas, quantitativas e outros conceitos passam num primeiro momento por uma exploração lúdica dos materiais, da experimentação, do desafio.
É também vasta a variedade de objetos que se pode manusear e dele partir para conceitos cada vez mais amplos e complexos. Vê-se claramente o que Piaget afirma, o conceito passa anteriormente pela ação direta do sujeito sobre os objetos.