segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"A música está em nós!"



Que interessante falar de música numa perspectiva não só de ouvinte como efetivamente agente dela. Esta semana que passou vivenciamos na aula presencial da interdisciplina Música na Escola uma nova perspectiva, sobre música. O escolher da nossa preferência está notoriamente carregada de uma intencionalidade consumista que não percebemos. Outro aspecto nteressante foi nos apropriarmos de termos sobre música e efetivamente vivenciá-los. falo aqui de ritmo, harmonia, compasso... Dicas preciosas! E com que propriedade hoje nos damos conta que precisamos sim desmembrar este universo musical, sair da rotina repetitiva e cíclica que nos impõe o mercado musical. Divinamente vivenciarmos a música e assim ela deve ser pensada tanto para nossa apreciação individual, quanto para uso em nossa prática.
Revendo o Blog de Aprendizagem, ou melhor nosso Portifólio de Aprendizagens, foi nos sugerido que colocássemos mais evidências de práticas efetivas de sala de aula sobre cada assunto abordado aqui. Para tornar mais didática e formalizar o que se estabeleceu de concreto na prática, cito aqui a forma foi redirecionado uma atitude estereotipada de um dos alunos utilizando os conhecimentos dados na interdisciplina. Um aluno chamado F. tem com "mania" bater com qualquer objeto sobre a mesa. Ficar batendo, nete caso não havendo uma significação para o ato da batida. Aproveitando o que vimos nas aulas de Música, introduzi ao ovimento música, som. Logo após fui modificando os sons, variando ritmos, para dar um sentido a batida, sair da estereotipia e ter contexto para existir. Este movimento pareceu-me ter dado sentido maior,e ao mesmo tempo estabelecido uma nova via de comunicação, pois agora o aluno olha em minha direção quando inicia a batida esperando que se coloque o som.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

VIVENCIANDO A ARTE


Hoje participei de mais um momento extremamente enriquecedor com os alunos da minha classe. Fomos até a Bienal do Mercosul e a Feira do Livro. Quando deste tipo de proposta, frente ao alunado que compõe a classe, muitos nos acham malucas!!! Sair com alunos Autistas para um centro movimentado como Porto Alegre não é coisa de gente muito sã da cabeça. Mas fomos...e toda vez que atravessamos nossos próprios medos e inseguranças e confiamos num trabalho, as surpresas nos chegam. Foi novamente emocionante perceber a caminhada destes alunos. O olhar deles de forma diferenciada, mesmo na desorganização pela multidão, pelo barulho não superou os olhares em direção às obras de arte e livros (mesmo aqueles olhares rápidos e furtivos).

Como dizia o poeta... "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."
Acrescento, reafirmando convictamente que existem inúmeras possibilidades de aprendizagem. São infinitas as abordagem que podemos fazer a respeito de uma atividade, como no exemplo acima, aprendizagem através da arte. Do olhar de possibilidades oferecido pelo autor. A forma de socializar um determinado conhecimento.
Aprendi que o vivencial não está unica e exclusivamente ao universo da sala de aula, do espaço escolar em si. A aprendizagem só tem razão de existir quando nos leva efetivamente a um sentido de prática, de vivência, um sentido de ser. E a visão dos diferentes lugares e das diferentes maneiras de estar inserido num contexto é de ordem prática, precisa estar vivo e ter ação. Logo, se a maior dificuldade do aluno é a integração, a comunicação e socialização, são os espaços públicos que com certeza necessitam estar abertos para recebê-los, para serem explorados.