terça-feira, 4 de novembro de 2008

APRENDER COM A PRÁTICA.


Interessante observar o quanto a nossa prática nos ensina. Quando da escolha do tema para o Projeto de Aprendizagem: a influência da família e da escola na construção da personalidade, pude buscar mais subsídios que pudessem confirmar muitas das certezas sobre o mesmo tema e principalmente aproximar a teoria do que se observa da prática. É presencial e altamente visível isto na minha prática. Trabalhando com crianças e adolescentes com necessidades especiais (mais especificamente Autistas), isto fica mais claro, pois diretamente os alunos respondem a uma série de ações observáveis no seu ambiente de trocas familiares. Sabemos que Autistas imitam muito, e isto nos faz ver o quanto é expressivo, influente e componente constitutivo do sujeito as ações de pessoas tão próximas. Acabamos nos dando conta que a forma como estas impressões nos chegam e que de alguma maneira participam ativamente da nossa construção pessoal de sujeito, com identidade própria, mas extremamente ligado, inter-relacionado com o meio, podendo através das vivências escolher, optar.

O assunto não se esgota e nos instiga a aprofundar o tema, a observar mais e a buscar referenciais que possam nos auxiliar no trabalho diário de sala de aula. assim pelo menos eu vejo, eu compreendo esta aprendizagem, este tema e o meu interesse que foi trabalhado no projeto.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E REGIMENTO ESCOLAR

"Um caso de amor"
Interessante poder escrever sobre estes dois termos de uma forma totalmente informal, dentro de uma perspectiva absolutamente divertida, pois assim é que estes deveriam ser vistos sempre. O sério da história é percebê-los vivos na escola. Pulsantes, cotidianos. Num dos comentários das ativiades foi me perguntado como estes termos e conceitos, na minha visão, deveriam estar. Num primeiro momento pensei, que droga, como vou explicar o que sinto, como os vejo e suas relações. Mas agora posso demonstrar através da construção do power-point. Lá esta relação, como os percebo está clara e objetiva. É constante construção, é desejo e fazer... E isto não está engessado, mas está comprometido com uma escola que nasce do sonho, mas que caminha no real, que tem o direito de errar buscando qualificar-se, com responsabilidade, com a dignidade dos envolvidos. E isso vai ser reflexo no trabalho cotidiano, do professor que se pergunta sobre como foi o dia, o que podia ser melhor, o que diferente poderia servir de recurso para a construção coletiva e individual dos envolvidos... e assim vai... Dos pais participantes,dos alunos que auxiliam na construção dos projetos de aprendizagem, ativos no processo de aprender e ensinar... Do administrador escolar que é também ouvinte dos desejos, do que divide responsabilidades... e outros tantos exemplos.
Este é na realidade a real e válida experiência a partir deste encontro de dois documentos que deixam de ser apenas registros formais e passam a fazer parte da história e das construções de todos.

domingo, 19 de outubro de 2008

PROJETO DE APRENDIZAGEM


Falar sobre aprendizagem a partir deste projeto é deixar mais claro possível a premissa de que aprendemos realmente quando construímos, quando efetivamente tornamos o tema significativo. Ao sermos desafiados, questionados, quando necessitamos refletir, pensar, até mesmo expressar nossas dúvidas é que realmente estamos aprendendo de fato. Ao nos depararmos com uma dúvida, um problema realmente significativo, estamos aptos a conhecer. E como podemos dar conta disto? Fazendo com que a pesquisa, a busca, a troca estejam em nossa prática. É partindo da vontade que estabelecemos inicialmente o que realmente queremos conhecer. E a curiosidade vai tomando conta de cada um e os desafios tornando-se cada vez mais estimulantes e parceiros fiéis do conhecer. E não ficamos num conhecer simplesmente, passa a tornar-se vivo.
Mas é preciso que isto se torne realmente parte do nosso cotidiano escolar. Nosso projeto inspirou esta necessidade. Observamos cada vez mais a escola perder espaço para os meios de comunicação, para a internet e o que efetivamente podemos fazer para que os alunos também a tomem como essencial e prazeirosa? A meu ver, a partir de toda a perspectiva vivenciada neste projeto é fazer com que ela se descubra desafiadora, estimuladora da curiosidade, mediadora entre a necessidade e o conhecimento formal. Fazer este conhecimento deixar de ser apenas formal e acumulado para se tornar vivo e participante da prática.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA ESCOLA.


Pensar em como a escola se organiza, em como os diferentes sujeitos atuam neste espaço especificamente não quer dizer apontar setores e dar definação de funções. Pensar na organização da escola implica em saber e assumir uma linha de trabalho. É pensar em cada espaço e cada sujeito e seu envolvimento com o todo, com o objetivo maior que este lugar se propõe. Inúmeros são os conflitos que apresentam-se neste momento em que nos é solicitado que confrontemos o que vivenciamos com o que escrevemos sobre as nossas realidades. Passamos a nos dar conta do quanto o real e o legal estão tão distantes. Percebo o quanto há de preocupação em que os documentos da escola sejam modernos, bem elaborados, que respeitem a legislação vigente, mas também é possivel ver o quanto está deslocado do dia-dia da escola. se este foi realmente o interesse primeiro da interdisciplina, acredito ter obtido êxito em minhas análises iniciais. E é bom revelar aqui o quanto isto tem deixado de marcas bem profundas em mim. É um momento de confrontos, de visualizar a macro estrutura deste espaço escolar e ver a dificuldade. Ver esta escola num tempo histórico, num espaço social determinado é iniciar um processo de identidade, o que vai movimentar de forma bem mais profunda a construção da linha de trabalho. Quanto mais identidade maior a chance deste "lugar" estabelecer suas diretrizes e potencializar um trabalho efetivo educacional.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

GESTÃO ESCOLAR...

Certa vez uma professora trabalhou os seus assuntos normais da disciplina, mas lançou um pequeno desafio: tratar um tema com imagens apenas. Tínhamos que elaborar uma idéia e representá-la através de ima imagem. Quando pensei em relatar aqui uma das experiências a respeito dos temas trabalhados neste eixo de interdisciplinas lembrei de uma imagem e acho que ela pode de certa forma dar início a minhas reflexões. "Uma ponte, água..." Mas pra mim não é só isso. Penso que o trabalho do professor, o trabalho que a escola deve buscar é "ponte", é colocar que existem outros lugares, que estes podem estar ligados a nossa realidade. Que a´"água", que está passando por baixo da ponte é movimento, é transformação, é vida... Então posso aqui perceber que nossas possibilidades como professores e como escola são na verdade mediar, possibilitar, cada um vai seguir seu caminho, vai encontrar "sua ponte", suas "águas", e este diferencial faz da escola um lugar maravilhoso de ser e de estar. E talvez esta nossa perspectiva toda, este nosso ideal passe antes por novas apropriações e necessidade de novos paradigmas, desacomodar-se... pensar em novas relações entre os segmentos que compõe o ambiente escolar, em uma nova forma de gerenciar os espaços e recursos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

AS IDADES DE ERIKSON.



Quando é que realmente paramos e pensamos em estágios após a adolescência? O mais comum é encontrarmos nas escolas de formação tudo sobre crianças e adolescentes, muito difícil identificarmos categorias após estes períodos. E não é que é percebermos que a nossa caminhada continua, que possuímos conflitos comuns a outros, que o reconhecimento destas fases pode nos auxiliar na busca desta melhoria de ser humano que queremos.
Já havia lido a respeito, mas faz muito tempo. È um aspecto muito importante dentro da área que atuo. Pois ao trabalho com as famílias dos alunos, e existe a possibilidade de reconhecer algumas características e entender alguns procedimentos que marcam o comportamento dos filhos e filhas. Visto que muitos imitam ou mesmo reproduzem comportamentos e atitudes destes referentes pais.

Não paramos no tempo e espaço, e é possível trabalhar para que tenhamos mais exitos e menos conflitos, construindo estas referências ao reconhecermos adequadamente a que tipo de aspectos estamos mais propensos dentro de determinadas faixas etárias.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

PLANO DE APRENDIAGEM

Planos de Aprendizagem

Que momento!! Que aventura!! Que descobertas vamos fazer, segundo nossos professores do Seminário Integrador V. Para professores virarem alunos mais uma vez. Permitir voltar a ser curioso, sair em busca do que se quer aprender, criar possibilidades, surpreender-se com o novo, com outra posição de ver...enfim, novamente estar na posição de aprendente. Isso mesmo, voltar movamente nesta posição, pois incorporar o professor que busca a informação e o conhecimento, que estabelece um recurso (ou mais de um) para levá-lo a classe a gente já sabe bem como é e o faz praticamente todo dia. vai ser muito legal, vai dar muito trabalho, pois vencer resistências (principalmente as nossas) não é lá muito fácil, mas chegaremos lá!
E o que será que vai dar tudo isso?
"Essa pergunta está mais pra restritiva ou abrangente?"

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ORGANIZAÇÃO E TEMPO



Como é difícil organizar-se, pois hoje em dia o tempo parece que escorre por nossos dedos. Nossa cultura ocidental nos revela um tempo e um espaço relativos, parecendo que estas suas relações são impossíveis. E nossas falas revelam estas nossas impressões:
"Como organizar-me num espaço tão pequeno de tempo? Vou ter tempo pra tudo? Não tenho tempo pra nada..."
Estabelecer prioridades, entender a si mesmo e de seu funcionamento, limites, necessidades... tudo pode vir a auxiliar para que se possa contornar o ritmo alucinante da modernidade, ou melhor, da contemporaneidade.
E assim se fez...
"Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem."
(Marcel Proust)
Atividade 1 / Seminário integrador V

segunda-feira, 16 de junho de 2008

RELATÓRIO 2 - PLANO DE ESTUDOS


Leitura do texto: Aprendizagem e Desenvolvimento: Experiências Físicas e Lógico-Matemáticas
Daniela Stevanin Hoffmann

Os objetivos para o Ensino Fundamental que diz respeito a área da Matemática, levam a considerarmos que:

* a matemática possibilita a compreensão e a transformação do mundo;
* o caráter do jogo é estimulante ao interesse, à curiosidade, ao e´pírito de investigação e ao desenvolvimento da capacidade de resolver problemas;
* resolver situações-problema, experimentando diferentes estratégias é mais interessante às crianças e jovens;
* desenvolvendo variadas formas de raciocínio e processos apresentam melhores resultados;
* o estabelecimento das relações com outras áreas é para o aluno instigante e desafiador, além de complementar os conceitos e fazê-lo perceber que há relações entre a matemática e a vida;
* é possível sentir-se seguro ao construir seus próprios conhecimentos;
* interagir de forma cooperativa só leva a melhorar sua socialização e a qualificar seus conhecimentos.
* que se aprende de diferentes formas e em diferentes situações.

Pensando assim, construiu-se que os currículos de Matemática devam contemplar o estudo dos números e das operações, o estudo do espaço e das formas e o estudo das grandezas e das medidas.

Considero que não exista uma seqüência que regula a aplicação destes conteúdos pois eles não se encontram em nossa vida de forma fragmentada. Há sempre relações entre eles que possibilitam estar trabalhando mais de um ao mesmo tempo. Para isso é necessário que se pense no conteúdo numa relação de interdisciplinariedade.

O texto aponta para os princípios norteadores do trabalho com a Matemática para o Ensino Fundamental. è observado que existe uma total flexibilização e uma nova postura frente a esta área. mais do que nunca a Matemática é vista como uma das possibilidades de compreensão e representação do mundo que nos cerca. Aborda noções e conceitos que não se fixam em si mesmos, mas contribuem muito para que no conjunto de ações haja formação humana. aponta para o lúdico como um dos recursos pouco explorados e que apresenta-se como ferramenta importante de estímulo, interesse e curiosidade, de espírito investigativo e que caminha em direção para capacitar o sujeito para a resolução de problemas práticos de vida.

"PARA CONSTRUIR É PRECISO REESTRUTURAR AS SIGNIFICAÇÔES"

"O PENSAMENTO MATEMÁTICO DESENVOLVE_SE A PARTIR DE AÇÕES SUSCETÍVEIS A REPETIÇÕES E, DEPOIS A GENERALIZAÇÕES. SURGE TAMBÉM ESQUEMAS DE ASSIMILAÇÃO QUE SE AUTO-ORGANIZAM"

quarta-feira, 14 de maio de 2008

RELATÓRIO 1 - Atividade do Plano de Estudos


Leitura: Transtornos Invasivos do Desenvolvimento / 3o Milênio

(Walter Camargo Jr e colaboradores)


Seção I - Temas Médicos Capítulo I

Autismo Infantil - Sinais e Sintomas.


Como o foco do trabalho de estudos é buscar subsídios para entender o processo e a formação das estruturas mentais e comportamentais para as atividades de matemática, antes de mais nada é necessário que se resgate alguns conceitos sobre o sujeito em questão, no caso o Autista. O entendimento do seu funcionamento, das suas fragilidades nos leva a entender as possíveis formas como percebe, como trabalha conceitos matemáticos, e logicamente sua ação sobre os objetos, também numa perspectiva matemática.

Esta leitura deu uma posição inicial, identificando este sujeito em questão e possibilitando chegar a algumas considerações importantes, sobre o indivíduo e o trabalho a ser proposto:

* os processos necessitam ser pensados de forma gradativa, respeitando o que o sujeito apresenta, dosar o tempo de trabalho.

* elevar as demais atividades associando à intenção comunicativa, expressiva.

* atividades simples e com necessidade de serem repetidas;

* muita dificuldade abstrativa por parte do autista;


* dificuldade em estabelecer relação simbólica com os objetos;

* as propostas e atividades devem ser bem focadas, objetivas, claras, com poucas variáveis..

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A ORDEM DOS FATORES ALTERA OU NÃO O PRODUTO?


Hum... o que será que isto quer dizer?

O mais comum no cenário, se assim podemos chamar, da sala de aula é o estabelecimento de um certo espaço e um certo tempo para os fazeres e aprendizagens. Na minha sala é tão difícil prever...a cada dia vejo-me surpreendida com as ações dos alunos. É sem sombra de dúvidas uma surpresa em cima da outra. Trabalhando com as questões de linguagem ou matemáticas, ou outra área qualquer, a relação desses trabalhos não é tão valorosa quanto a surpresa por uma manifestação expontânea, uma palavra ou gesto de algo que ele tenha construído, lá no seu mais íntimo. Pois hoje trabalhavamos com atividades manuais, voltadas a data do dia das mães quando assim, de repente um aluno parou e gesticulou que queria naquele momento ficar do meu lado, colocou a cadeira do meu lado e pegou na minha mão e levou até o material, o tempo todo seguiu com o olhar e com o movimento todo o processo comigo. Por certo a premissa acima revela-se numa nova ótica: a ordem dada pela ação do aluno alterou definitivamente todo o resultado do produto, pois mudou a sua concepção, a sua execução e literalmente o seu resultado para mim. Apesar de estarmos num enfoque, ele deu outro, a sua participação atenta ao trabalho. Emocionante e revelador. Deixar espaço sempre para a surpresa no meu trabaho é imprescindível, buscar meios e interesses, proporcionar o espaço, mesmo em atividades estruturadas para que apareça o sujeito individual, o desejo. GRATIFICANTE!!!!!

domingo, 27 de abril de 2008

PLANO INDIVIDUAL DE ESTUDOS.


Acessar ao link para ver conteúdo do plano.

OS SENTIDOS, AS SENSAÇÔES...


Uma atividade muito interessante que venho a registrar aqui no Portfólio de Aprendizagens diz respeito as sensações e estimulação dos sentidos realizadas na sala na primeira semana de atividades na classe. Foram pegos diferentes ojetos e trabalhados com os alunos as sensações que os mesmos causam. É comum observarmos alunos autistas com uma disfunção no campo sensorial, inclusive com baixa tolerância a sons, ou cheiros, ou cores... e também o contrário, apresentação de estereotipias a partir das impressões sensoriais: cheirando tudo, colocando todos os objetos que vê na boca, exigência de barulhos específicos o tempo todo...
Foi colocado em pequenos frascos diferentes aromas (vinagre, perfume, desinfetante...), em uma caixa diferentes texturas de objetos (pelúcia, couro sintético, plástico, lixa...). Em outros momentos variedade de objetos sonoros e de estímulo visual (luzes coloridas...). Por etapas foram trabalhadas com eles as diferentes sensações buscando referenciar o que estavam entindo com palavras de estímulo verbal. Neste momento também é possível observar a resistência muitas vezes a determinados objetos e a sensação causada por estes, e posterior registro. É uma forma de perceber como cada aluno reage e estabelece relação com o campo sensorial.

SOU UMA HISTÓRIA?

Durante algumas leituras realizadas, textos da interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, mais as lembranças das discussões da interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva Histórica, passei a rever muitos dos momentos de sala de aula em relação a isso: espaços e tempos. A muito que as informações sobre a história de vida dos alunos é vista como parte importante para o pensar pedagógico para os alunos autistas, mas os subsídios confirmam e nos dão mais possibilidades de trabalhar estas questões. Foi então que surge a proposta da elaboração de uma linha de tempo onde as famílias fazem o resgate histórico por fotos, informações, revendo a sua participação no contexto faniliar. É comum vermos então imagens e maiores informações até por volta dos 2 anos de idade, idade em que a síndrome não é tão aparente nas suas peculiaridades, visto que até este momento a linguagem não é tão evidente em crianças sem o diagnóstico. A partir daí inicia um processo de poucos registros fotográficos e de informações até a chegada ao ambiente escolar. O que parece neste espaço e tempo o sujeito deixa de ser observado como criança e passa aser visto e pensado como "diferente" e inicia-se outra fase: busca de porquês. Este resgate que se pretende, parte do princípio que o sujeito é considerado muitas vezes sem identidade, que não se reconhece, não participa, é reforçado por este comportamento inconsciente, mas que pode muitas vezes agravar os sintomas.
Esta tarefa foi pensada e está sendo solicitada as famílias que separem os dados e imagens e na próxima reunião seja construída (linha do tempo) e feitas reflexões a partir dela. Não haverá crítica, ou menções a respeito das observações acima, apenas tentado buscar situar este sujeito no contexto, demonstrando-o como integrante, e de sua forma participante dos contextos vivenciados pelos demais membros da família. Valorizar a presença de todos, respeitar a interação de cada um da sua forma particular, observar que o sujeito autista de sua forma particular demonstra (de forma diferente) a sua posição no contexto familiar.

terça-feira, 15 de abril de 2008

A MATEMÁTICA...SEM MEDO!!!!


Como é difícil tratar do conhecimento matemático sem esbarrar no medo, falo isso sem vergonha nenhuma. O domínio dos conhecimentos matemáticos foram construídos por mim dentro de uma outra perspectiva, mais formal e padronizada. Como sair deste esteriótipo? Muitos anos as aulas de matemática foram dadas preocupadamente, tensas, querendo ser o mais clara possível, numa tentativa desenfreada de se fazer entender. Não deixar que a matemática deixe as mesmas marcas que deixou em mim, insegurança. E não é que ela pode ser novamente repensada e resignificada! E não é que ela pode passar a ser estudada partindo do raciocínio do próprio aluno, tão particular... Em minha classe estas possibilidades ainda passam pela descoberta da relação que a matemática pode fazer e provocar nas questões de socialização e interação social. Através da proposta mais lúdica pode também ser ponte, acesso, mais um meio de conviver. Ao nosso redor e porque não falar claramente, ao redor de todos, sejam de escolas regulares ou de especiais, existe um mundo que referencia-se em diferentes áreas, e a matemática é uma delas. É lá que sou marcado pelo relógio que indica a hora de almoçar, ir para a escola ou trabalho, de dormir... E este olhar amplia-se para as atividades matemáticas ou não. Emocionante dizer MATEMÁTICA SEM MEDOS, mas com certeza cercada de CURIOSIDADE, NOVIDADE, BUSCA, REFERENCIAL...
Comentário:
Cris, acredito que a busca por situações vivenciais podem sem um recurso indispensável para o trabalho da matemática na sala de aula, principalmente em turmas como a que trabalho. No entanto é um trabalho que necessita de insistência e muita observação, pois o aluno autista tem muita dificuldade em transportar para o símbolo suas vivências, e até mesmo manifestar o que realmente construiu partindo das propostas realizadas. As respostas as vezes não aparecem da forma como outras crianças demonstram, as construções aparecem muitas vezes em outros momentos em que o assunto não está presente. É um trabalho de muita observação e paciência. Investir sempre, muitas vezes sem o retorno, o que na maioria das vezes pode desencadear uma certa frustração.

domingo, 13 de abril de 2008

To pensando...MIL COISAS!!!


To pensando mesmo muitas coisas...
E acredito que este é um processo natural quando se está envolvida com todo o processo de aprendizagem, com as leituras realizadas e com a própria prática.
A imagem ao lado não está ai a toa!!! É uma verdadeira colcha de retalhos que vai sendo composta neste nosso trabalho, nesta nossa atitude aprendente.
Algumas idéias me deixam empolgadas, como a de adaptar a idéia de blog, de página criativa para registrar as atividades e as diversas observações dos trabalhos de prática de sala de aula.
Outra idéia surge, a de retomar as questões de tempo histórico dos alunos da Classe de Educação Terapêutica, linha de tempo, marcas significativas do processo de vida...
Enfim, muitas horas de idéias... MIL COISAS para aperfeiçoar e implementar um trabalho.

domingo, 6 de abril de 2008

Retomando as Atividades do Blog de Aprendizagens


Retomar os trabalhos no blog é uma tarefa que com certeza se caracteriza pelo aprimoramento e aprofundamento dos conhecimentos. Após este período de atividades, desde 2006, acumulamos muitas "horas de vôo" para com certeza irmos qualificando nosso trabalho acadêmico. As nossas práticas recebem com certeza as influencias e os aprofundamentos teóricos e práticos de cada interdisciplina trabalhada.
Observando este início de atividades letivas na escola onde trabalho, me vi bem diferente. Muito mais reflexiva em cada proposta, procurando referências para tais. O planejamento muda, as aulas mudam, o contexto torna-se mais enriquecido.
Umas das atividades mais expressivas que observei e vivenciei na sala de aula neste início do ano foi em relação aos conceitos matemáticos de classificação e seriação. è uma atividade constante, mas agora a cada proposta é notório que o olhar está mais aguçado, mais atento a cada novo elemento acrescido, cada resposta dada.
É claro que as questões numéricas, quantitativas e outros conceitos passam num primeiro momento por uma exploração lúdica dos materiais, da experimentação, do desafio.
É também vasta a variedade de objetos que se pode manusear e dele partir para conceitos cada vez mais amplos e complexos. Vê-se claramente o que Piaget afirma, o conceito passa anteriormente pela ação direta do sujeito sobre os objetos.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

APRENDER A APRENDER...




As diferentes formas de proporcionar uma experiência de artes para os nossos alunos passa da simples reprodução, há agora a espectativa de exploração de outras dimensões, possibilidades, formas diferentes de participação ativa nos processos. No caso dos alunos com que trabalho, apesar da grande dificuldade em surgir, espontaneamente, uma impressão ou construção própria há a possibilidade de exploração das cores, das texturas, dos materiais, que já elevam o conhecimento, já o retiram da reprodução simplesmente. Isto é mais uma forma de articular o conhecimento artístico do sujeito. A busca de novas experiências, da construção de projetos que tenha a permissão de explorar, ampliar os conhecimentos e a prática é que leva a atividade prática para uma atividade vivencial e significativa.