domingo, 25 de outubro de 2009

LIBRAS


A interdisciplina de Libras causou em mim até agora dois sentimentos: a angústia e o desafio. Explico o porquê destas duas palavras: angústia por não estar habituada a sua utilização, o que é muito engraçado, visto que entrei para a educação especial buscando um curso para trabalhar como professora interprete. Através dos contatos que fiz na Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, fui convidada para fazer o curso para trabalhar com Autismo. Definitivamente me afastei da idéia inicial.

Desafio por ver o quanto precisamos sim conhecer e aprender sobre esta língua. Cada vez é mais comum cruzarmos a cidade, encontrarmos nos coletivos (ou em outros lugares) pessoas com deficiência auditiva, ver os mesmos expressando-se e ficarmos sem poder entender ou nos fazer entender. Numa sociedade tão diversa como a nossa é necessário dominio cada vez maior dos meios possíveis de comunicação.

A princípio estamos nos familiarizando e buscando referenciais para isso. Mas somente a prática é que vai efetivamente proporcionar o aprendizado necessário. Como mencionou a professora Janaína em sua aula presencial, é necessário que se busque atenção, bom senso e vontade para que isto aconteça. Deixar nossos medos, buscar formas cada vez maiores de integração, respeito e principalmente a humanização da sociedade.
Os sinais representam uma forma digna e significativa de buscar a participação social. E a nós não cabe sequer questionar algo tão legítimo deste grupo, que desenvolve uma cultura surda rica e com tamanha complexidade.


2 comentários:

Leonardo Porto disse...

Prezada Adriana,

as suas postagens, enquanto RELATO estão muito bem feitas, são claras e bem descritivas. Mas nenhuma delas é uma auto-avaliação, pois em nenhum delas você avalia a parndizagem que você realizou, então nenhuma delas corresponde aos objetivos do blog do porfólio de aprendizagnes.
Leonardo.

Adriana Arruda Blog disse...

Professor Leonardo,
Mostrar que inicialmente a interdisciplina causou angústia e desafio, não significa uma auto-avaliação do processo? Entender que a linguagem dos sinais é uma forma efetiva e legítima de comunicação tanto como a palavra não é por acaso uma forma de sustentar a idéia de que é necessário que ela seja naturalmente aprendida e elevada a qualidade de linguagem? Pelo que entendi do processo de escrita do Portifólio, é necessário que sejam registrados não cópias de trabalhos ou atividades, mas sim reflexões a cerca do que aprendemos, dos significados que isto nos trás.
E inicialmente esta foi a aprendizagem para mim mais significativa. Entender que é necessário sim ver e agir o mais natural possível num processo de aprendizagem com outra forma de linguagem que não estou habituada a usar.